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terça-feira, 1 de julho de 2014

Nos pênaltis, Costa Rica vence a Grécia e enfrenta a Holanda

Nos pênaltis, Costa Rica vence a Grécia e enfrenta a Holanda PEDRO UGARTE/AFP
Os gregos inventaram o drama muito antes desta Copa do Mundo. Neste domingo, na Arena Pernambuco, deram um novo significado a ele.
Após um gol de Bryan Ruiz no início do segundo tempo, Sokratis Papastathopoulos empatou no último minuto. Sem gols na prorrogação, a decisão ficou para os pênaltis. Gekas errou para a Grécia e a Costa Rica se classificou graças à mão esquerda de Keylor Navas.
As duas seleções que surpreenderam na primeira fase entraram em campo para se superar a desconfiança daqueles que não acreditavam ser possível que jogassem de outra maneira senão no contra-ataque. Nenhuma das equipes, porém, mudaram seus sistemas de jogo. A Costa Rica no 3-4-2-1, com três zagueiros, quatro meio-campistas, Ruiz e Bolaños abertos para assistir a Campbell. Já a Grécia no 4-2-3-1, com Samaras como centroavante. Com pouca iniciativa de lado a lado, o primeiro tempo terminou com poucas chances de gol. As emoções ficaram reservadas para a etapa final.
Aos sete minutos do segundo tempo, o tento costarriquenho. Bolaños rolou a bola na meia lua da grande área para o capitão Bryan Ruiz, que ajeitou o corpo e bateu de chapa. A bola pegou no tornozelo, mas ganhou um efeito que enganou o goleiro Karnezis, que apenas observou a bola cochilar no canto esquerdo do gol.
A Grécia precisou sair para buscar o empate. Contudo, nem a expulsão de Óscar Duarte pelo segundo cartão amarelo, aos 21 minutos, parecia ajudar. Ter um jogador a mais fez com que o técnico Fernando Santos empilhasse atacantes. Mitroglou e Gekas ingressaram para se somar a Samaras nas conclusões. Ao mesmo tempo, a Costa Rica recuava com duas linhas de quatro jogadores e apenas Campbell na frente.
A pressão resultou no gol de empate. Aos 45 minutos do segundo tempo, o zagueiro Sokratis Papastathopoulos foi ao ataque para desviar uma bola alçada na área. Ela caiu no pé de Gekas, que girou e concluiu nas mãosde Navas. O goleiro espalmou para fente e Sokratis, na posição de centroavante, completou para as redes: 1 a 1.
Na prorrogação, uma Costa Rica em defasagem numérica não ofereceu riscos a uma Grécia cansada, e vice-versa. Como toda tragédia, a decisão ficou para os pênaltis.
Todos acertaram até a 4ª série. Na sua vez, Gekas mandou alto, na direita do gol de Navas. Com a mão esquerda, o goleiro espalmou, e apenas observou Umaña converter o seu para classificar a Costa Rica a uma inédita quarta de final de Copa do Mundo.

Com drama e virada no fim, Holanda vence México e avança às quartas de final


Tudo levava a crer que o Castelão viria mais uma zebra passeando em seu gramado. Sob um calor intenso, México e Holanda escreveram mais um capítulo emocionante da Copa das Copas. Vencendo até os 43 do segundo tempo, os mexicanos foram do êxtase à frustração numa questão de minutos. A virada sofrida através de um gol se pênalti aos 49 minutos demorará a ser digerida. 

Os 31° C que os termômetros marcavam não faziam jus ao calor que castigava o Castelão. Mesmo protegidos sob a sombra que incidia em grande parte da arquibancada, os torcedores buscavam formas de se refrescar. Os jogadores, porém, não contavam com a mesma sorte. Com o sol brilhando sobre suas cabeças, holandeses e mexicanos tentavam impor suas estratégias, mas era evidente que as condições climáticas eram um obstáculo considerável. 

Dona da melhor campanha da fase de grupos, a Holanda não conseguia encaixar seu jogo. Seguindo a estratégia elaborada por Louis Van Gaal, a Orange se posicionava em seu campo defensivo, cedendo a intermediária aos mexicanos. Contudo, não se viam os desarmes que forneceram os mortais contra-ataques até aqui. Era evidente que os europeus sofriam mais com o calor. Acostumados ao clima, os mexicanos passaram a controlar as ações e estiveram perto de ir para o intervalo em vantagem. 

Bastou a bola voltar a rolar para o placar fazer justiça ao que os times apresentavam até então. Aproveitando uma sobra na intermediária, Giovanni dos Santos fez uma bela jogada individual antes de acertar um chute preciso da entrada da área e encerrando um jejum de dois anos sem marcar pela seleção mexicana. O gol, porém, mudaria o cenário da partida. 

Em vantagem, os mexicanos abdicaram de sua superioridade ofensiva em nome do resultado. E a bola pune. Sem se deixar abater pela marcha do tempo, os holandeses seguiram buscando o empate que veio aos 43 minutos, numa bomba de Sneijder que venceu o inspirado Ochoa. O castigo mexicano não pararia por aí. Aos 49, o árbitro Pedro Proença viu pênalti em Robben, convertido por Huntelaar. O apito final viria em seguida, transformando o sonho mexicano em pesadelo. 

Holanda 2
Cillessen; Verhaegh (Depay, aos 11’ do 2º T), Vlaar, De Vrij e Kuyt; De Jong (Martins Indi, aos 9' do 1º T), Wijnaldum, Blind e Sneijder; Robben e Van Persie (Huntelaar, aos 30’ do 2º T). Técnico: Louis Van Gaal.

México 1
Ochoa; Rodriguez, Rafael Marquez e Moreno (Diego Reyes, no intervalo); Aguilar, Salcido, Herrera, Guardado e Layún; Giovanni dos Santos (Aquino, aos 17’ do 2º T) e Peralta (Chicharito Hernandez (29’ do 2º T). Técnico: Miguel Herrera.

Local: Arena Castelão, em Fortaleza.
Árbitro: Pedro Proença (POR).
Assistentes: Bertino Miranda (POR) e José Trigo (POR).
Gols: Giovanni dos Santos (4’ do 2º T) - MEX / Sneijder (42’ do 2º T) e Huntelaar (48’ do 2º T)
Público: 58.817

Com gols na prorrogação, Alemanha vence a Argélia por 2 a 1

Com gols na prorrogação, Alemanha vence a Argélia por 2 a 1 Ricardo Duarte/Agencia RBS
Deu Alemanha. Mas foi com dor, muito suor e 120 minutos de um jogo eletrizante. A Argélia foi valente, atuou movida pelo desejo de vingar 1982, quando foi tirada da Copa em jogo armado por germânicos e austríacos. Mas valeu a camisa e a eficiência alemã.
O gol de Schürrle, no primeiro minuto da prorrogação, e o de Özil, no penúltimo, garantiram o 2 a 1 e lugar no Maracanã, sexta-feira, contra a França. Será um confronto de gigantes por vaga na semifinal da Copa.
Ficou para o Beira-Rio o prêmio de receber mais um jogaço. Quem imaginava superioridade dos germânicos viu um show de tática e objetividade da Argélia. O técnico bósnio Vahid Halilhodzic armou duas barricadas diante da área. Eram quatro zagueirões, reforçados por um volante, numa linha, e mais quatro adiante deles. O que fazia jogadores da qualidade de Götze, Schweinsteiger, Kroos e Özil virarem ilhas brancas em meio ao mar de jogadores de verde.
Essa dificuldade em trocar posições e passes, em ter a bola e o domínio do jogo, perturbou os alemães. Que começaram altivos. Mertesacker, zagueirão de 1,98m do Arsenal, nas primeiras vezes em que dominava, inflava o peito, olhava o horizonte e tocava a bola com segurança. Lahm, no primeiro lance, deu passe milimétrico para o lateral Mustafi, a novidade de última hora.
Isso foi nos primeiros cinco minutos de jogo. Depois disso, os argelinos atropelaram os alemães. Roubavam a bola e saíam em alta velocidade. Eram agudos, lancinantes. Geralmente acionavam o centroavante Slimani. E geralmente Slimani levava vantagem. Como aos oito minutos. Recebeu às costas de Mustafi, uma avenida, driblou Neuer, mas levou a bola para a lateral e permitiu a recuperação do goleiro.
A marcação firme e a saída vertical da Argélia deram um calor nos alemães na primeira e última noite de frio europeu desta Copa. O roteiro era o mesmo. Pela esquerda, Ghoulam e Soudani, pela direita Taider e Feghouli. Sempre acionando Slimani. Aos 10, ele entrava na área quando Mertesacker salvou.
Atuação da Argélia cativou a torcida
O lance fez o estádio aderir à Argélia. Os africanos se fizeram ouvir com vigor: "one, two, three, viva L'Algerrrri". Aos 14min, Feghouli driblou Boateng e Göetze, entrou pela direita da área e chutou para fora. No minuto seguinte, em contra-ataque, Ghoulam cruzou, Slimani cabeceou e fez gol. Mas estava impedido.
A força argelina tirou a confiança dos alemães. Mertesacker simplificava, com receio de Slimani roubar-lhe a bola. Neuer era quase volante. E não fosse isso, em dois ou três lances, teria levado o gol. Mustafi, zagueiro na Sampdoria, nem subia, nem atacava. Aos 18, pelo lado dele, Soldani recebeu às costas, entrou pela área e, em vez de cruzar, chutou para fora.
Joachin Löw, todo de preto, um gentleman à beira do campo, perdeu a elegância. Caminhou até a linha lateral e pagou geral. Os alemães até que tentavam se movimentar. Götze recuava para armar, Lahm saí para infiltrar, Özil buscava jogo na esquerda e na direita. Mas todos batiam na muralha verde à frente do goleiro Mbolhi.
Quando ameaçavam, os alemães o faziam em cruzamentos para Müller ou chutes de fora da área. Aos 22, Müller recebeu visita na solitária verde em que viveu no primeiro tempo. Recebeu cruzamento de Özil. Mas cabeceou para fora. No lance seguinte, Özil tentou encobrir Mbolhi.
Os argelinos mantinham o controle e seguiam à risca sua estratégia, Marcavam e saíam rápido. Aos 28, Neuer saiu na intermediária e salvou nos pés de Slimani. Aos 38, Mostefa pegou rebote de primeira, Boateng desviou e congelou os alemães no estádio. A melhor chance alemã veio aos 40, quando Mbolhi rebateu chute de Kroos. Götze, livre na área, chutou, e o goleiro abafou a bola.
O primeiro tempo acabou, e os alemães saíram a jato para o vestiário. Os argelinos até esperaram um pouco mais. Saíram em bloco, como atuaram em todo o primeiro tempo.
Joachin Löw trocou Götze por Schürrle. Aberto na direita, o jogador do Chelsea deixou a Alemanha mais aguda. O jogo, que era quente, ganhou intensidade. Aos três, ele chutou desviado. Na sequência, Mustafi cabeceou em cima de Mbolhi. A Argélia manteve-se fiel à estratégia do seu técnico bósnio. Aos seis, em contra-ataque de quatro cinco conta três, Slimani teve o chute bloqueado.
A Alemanha ganhou mais força e equilibrou as ações do jogo. Mas deixava espaços generosos. Khedira entrou no lugar de Mustafi, com lesão muscular. Lahm virou lateral-direito. Aos 25, viu, do ataque, Neuer sair na intermediária e salvar de cabeça o lançamento para Slimani. Três minutos depois, Feghouli chutou cruzado, com perigo. No lance seguinte, ele lançou Slimani, que chutou para defesa de Neuer. O estádio irrompeu em "Algerrrrriê".
Os alemães não se acanharam. Com Müller, três vezes. Primeiro, ele fez grande jogada e cruzou para Schweinsteiger desviar. Aos 34, ele cabeceou, mas Mbolhi salvou - e também pegou o rebote de Schürrle. No minuto seguinte, dominou e chutou dentro da área, para fora.
O tamanho do incômodo alemão com a energia argelina veio aos 32. Em falta ensaiada, Müller correu, tropeçou e saiu cambaleando. Os 43.063 presentes no Beira-Rio riram, surpresos com o constrangedor tombo de um dos astros da Copa. Eles também não esperavam um jogo tão equilibrado e eletrizante que exigisse a prorrogação.
Gols, só no final
A Alemanha eficiente se mostrou logo a um minuto e meio. Mandi perdeu a bola na saída, Müller avançou e cruzou. Schürrle passava da bola e acertou o calcanhar na bola. Ela quicou e venceu o goleiro Mbolhi. Era o a 1 a 0.
Müller quase ampliou aos nove. A Argélia sentiu o gol e o cansaço. Ghoulam e Soudani saíram com estafa muscular. Mostefa ainda teve a chance de empatar aos 11. Só que nesta hora valeu a tarimba e a camisa alemã para administrar o jogo e garantir lugar nas quartas de final, contra a França.
No penúltimo minuto de jogo, Özil ainda fez o 2 a 0. Houve tempo, nos acréscimos, para Djabou descontar para os argelinos. Para Porto Alegre, ficam as boas lembranças de uma Copa de jogões, golaços e muita festa.
Copa do Mundo — Oitavas de final — 30/6/2014
ALEMANHA 2
Neuer; Mustafi (Khedira, 24'/2°), Boateng, Mertesacker e Howedes; Lahm (A), Schweinsteiger (Kramer, 3'/2° da prorrogação) e Kroos; Özil, Götze (Schürrle, int.) e Müller. Técnico: Joachim Löw
ARGÉLIA 1
M'Bolhi; Mandi, Halliche (A) (Bouguerra, 5'/1° da prorrogação), Mostefa, Belkalem e Ghoulam; Lacen; Taider (Brahimi, 32'/2°), Soudani (Djabou, 9'/1° da prorrogação) e Feghouli; Slimani. Técnico: Vahid Halilhodzic
Gols: Schürrle (ALE), 1min do primeiro tempo da prorrogação, Özil (ALE), aos 14min do segundo tempo da prorrogação e Djabou (ARG), aos 16min do segundo tempo da prorrogação.
Local: Beira-Rio (Porto Alegre).
Arbitragem: Sandro Meira Ricci, auxiliado por Emerson de Carvalho e Marcelo Van Gasse (trio brasileiro).
Público: 43.063 torcedores.

França sofre, mas vence Nigéria com dois gols no 2º tempo

A França teve muitas dificuldades, sofreu em grande parte do jogo, mas venceu a Nigéria, nesta segunda-feira (30), por 2 a 0, com gols marcados no segundo tempo pelo meia Pogba (aos 19 minutos) e Yobo, contra, em dividida com Griezmann (aos 46). Além de enfrentar a velocidade e a força dos africanos que foram melhores na etapa inicial, a França encarou também a torcida contra de grande parte do público presente (67.882 pessoas) no Mané Garrincha, em Brasília. Nas quartas, os europeus terão pela frente a Alemanha ou a Argélia, na sexta-feira (dia 4), no Maracanã.

O jogo – Toque de bola, sem chutões e marcações fortes dos dois lados. A partida começou bastante equilibrada e a França não conseguia se impor diante da Nigéria. Pelo contrário, a seleção africana, empurrada pela torcida brasileira no Mané Garrincha, colocou velocidade maior aos ataques pelos lados do campo e tinha mais posse de bola. Aos 19, a França teve o primeiro susto, quando Musa cruzou pela esquerda e Emenike empurrou para o gol. O juiz Joe Fletcher entendeu que o atacante nigeriano estaria impedido. Dois minutos depois, os europeus conseguiram responder com boa jogada de Pogba, que puxou contra-ataque. Na área, ele recebeu de volta e, de primeira, bateu para grande defesa do goleiro Enyeama.

A Nigéria passou a se entusiasmar na partida, colocava mais velocidade e criava jogadas, mas não concluía. Como os africanos deixavam espaço, a França também chegava ao ataque principalmente com Pogba, mas também cometia erros no último passe. No primeiro tempo, Benzema, que jogava pela esquerda e bem marcado, estava desaparecido.  

Aliás, se os setores de meio de campo tinham espaço e liberdade para jogar, os atacantes foram superados pelos setores de defesa. No primeiro tempo inteiro, houve apenas seis chutes na direção do gol (quatro da Nigéria e dois da França), sendo que somente duas vezes (um para cada lado) os goleiros praticaram defesas difíceis. Isso também explica o 0 a 0 do primeiro tempo.

“A Nigéria dominou a partida, e a França teve muitas dificuldades para marcar os nigerianos no meio de campo”, explicou o comentarista Orlando Duarte, das rádios EBC. “A partida foi muito equilibrada. A Nigéria deixou boa impressão, e o Pogba foi o principal da França”, comentou Jorge Ramos.

Segundo tempo decisivo
A França iniciou a etapa final com a marcação adiantada no campo de ataque.  Mas a partida mantinha as mesmas características antes do intervalo. As equipes demoraram para criar chances claras de gol. O jogo ficou mais parado com faltas e a Nigéria conseguia ficar mais tempo no ataque. Aos 19 minutos, Odemwingie, um dos melhores entre os africanos, chutou de longe e Lloris conseguiu espalmar para o lado. A França não se assemelhava ao time que fez uma boa primeira fase na Copa, com bom toque de bola e objetividade e passou a ter mais problemas para marcar os atacantes nigerianos.

Depois de sustos, a equipe europeia, somente aos 23, conseguiu uma boa chance. Benzema fez tabelinha com Griezmann e ficou na cara do gol. O goleiro nigeriano desviou, e o zagueiro Moses salvou em cima da linha.  O lance deixou os europeus - que ensaiavam uma pressão - mais ligados. Aos 30 minutos, quase a França abriu o placar novamente, primeiro com cruzamento de Debuchy, depois com chute de longe de Griezmann, que entrou muito bem na partida. A bola explodiu no travessão. No  momento seguinte, Benzema cabeceou à queima-roupa para impressionante defesa de Enyeama. Na batida do escanteio, o goleiro, que tinha feito milagre, não tirou com força o cruzamento, e Pogba cabeceou para abrir o placar. Era o prêmio depois de intensa pressão.

A partir daí, a Nigéria partiu desesperada à frente, mas os franceses eram mais perigosos no contra-ataque. E, aos 46, acabaram as chances dos africanos, quando, depois de cruzamento, Yobo em dividida com Griezmann fez o segundo gol francês. Foi o alívio dos europeus para quem sofreu a partida inteira.

Ficha do jogo
França X Nigéria (oitavas de final)
30 de junho de 2014
Estádio Nacional Mané Garrincha - Brasília

França - 1 – Lloris, 2 – Debuchy, 4 – Varane, 21 – Koscielny e 3 – Evra, 6 – Cabaye, 14 – Matuidi, 19 – Pogba e 8 – Valbuena, 9 – Giroud (Griezmann)  e 10 – Benzema.
Nigéria - 1 – Enyeama, 5 – Ambrose, 2 – Yobo, 13 – Oshaniwa e 22- Omeruo, 10 – Mikel, 17 – Onazi (Reuben Gabriel), 7 – Musa, 11 -Victor Moses e 8 – Odemwingie, 9 – Emenike
Gols: Pogba (aos 19 minutos do 2º tempo) e Yobo - contra (aos 46 minutos do 2º tempo) 
Cartões amarelos: Matuidi (França)
Árbitro: Mark Sean Hurd (EUA)
Auxiliares: Joe Fletcher (CAN) e Alireza Faghan (IRA).

Com dois gols de James Rodríguez, Colômbia vence Uruguai e pega o Brasil

Com dois gols de James Rodríguez, Colômbia vence Uruguai e pega o Brasil FELIPE DANA/AFP
O Maracanã é, mais uma vez, palco da história das Copas do Mundo. Neste sábado, ele testemunhou a Colômbia avançar pela primeira vez às quartas de final, após a vitória por 2 a 0 sobre o Uruguai.
Ao mesmo tempo, alcançou outros dois fatos inéditos: enfrentará o Brasil nas quartas de final (o que ainda não aconteceu) e tem o artilheiro do Mundial, James Rodríguez, autor dos dois gols.
A Colômbia propôs o jogo desde o começo. José Pekerman escolheu iniciar com dois atacantes (Martínez e Gutiérrez) na parte ofensiva de seu 4-4-2 e contar com o talento de Rodríguez e Cuadrado. Até os 20 minutos, não funcionou. O time parava no 5-3-2 de Oscar Tabarez. Ao mesmo tempo, Cavani e Forlán ficavam isolados no ataque. A solução encontrada pelo técnico argentino da equipe colombiana foi inverter os meias, e, aos 25 minutos, foi recompensado.
James Rodríguez recebeu um lançamento alto na meia lua. Ele dominou com o peito já ajeitando a bola para a perna esquerda e, sem deixá-la cair, bateu forte, seco. A brazuca ainda bateu na trave antes de estufar a rede uruguaia: 1 a 0.
O Uruguai tentou avançar seus alas, mas as investidas eram inúteis. Forlán só assustava com os gritos e "ombradas" no capitão colombiano Yepes.
No segundo tempo, não precisou nem de muito tempo para que a superioridade colombiana fosse confirmada. Aos quatro minutos, a seleção da Colômbia trocou passes pela direita até a inversão para Armero. O lateral-esquerdo cruzou na área, Cuadrado ajeitou de cabeça e James, o melhor da Copa na primeira fase, apenas escorou para se tornar o artilheiro momentâneo do Mundial.
O 2 a 0 fez Tabarez mudar o time de maneira radical. Até os 18 minutos da etapa final, já havia feito as três substituições. Cavani formou um trio de ataque com Stuani e Hernández. As chances, porém, eram apenas com chutes de longe. E todos paravam em Ospina.
O resultado assegura a Colômbia contra o Brasil na próxima fase. O duelo está marcado: sexta-feira, às 17h, no Castelão, em Fortaleza.

Júlio César salva nos pênaltis, e Brasil vence o Chile no 'estilo Libertadores'

Defesa pênalti
No melhor estilo Libertadores da América, o Brasil está nas quartas de final da Copa de 2014, quando irá enfrentar Uruguai ou Colômbia. Não só por superar um adversário sul-americano, o Chile. Mas por ganhar um jogo cheio de faltas, com arbitragem polêmica, bate boca entre jogadores, simulações, muito drama e que foi decidido apenas nas cobranças de pênaltis, após empate de 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação.
O herói da vaga foi Júlio César. Ele defendeu as cobranças de Pinilla, se adiantando muito, Alexis Sánchez e ainda viu o lateral Jara chutar na trave. Pelo lado brasileiro, Willian bateu para fora, e Hulk teve sua cobrança defendida por Bravo. Mas ainda assim o Brasil converteu outras três, e acabou vencendo o desempate por 3 a 2.
Tudo que é típico do principal torneio sul-americano de clubes, em que muitas vezes o nível técnico não é dos mais altos, como foi a seleção brasileira neste sábado.
Depois de ensaiar três trocas em treino coletivo, e de correr o risco de perder David Luiz, com dores nas costas, Felipão escalou o mesmo tempo que iniciou o segundo tempo contra Camarões, efetivando a troca de Paulinho por Fernandinho.
O time entrou em campo com todos os jogadores com a mão direita no ombro do companheiro à frente. E sem o risco de ver um Mineirão dividido. A esperada invasão chilena não aconteceu: eles não eram nem 10% dos quase 60 mil presentes. E tentaram também cantar o hino à capela, mas foram impedidos por vaias mal educadas dos brasileiros.
Mais uma vez o Brasil começou o jogo sem conseguir pressionar e ainda bastante nervoso: com três minutos de jogo, já eram três faltas, uma violenta de Fernandinho, que merecia o cartão amarelo, mas que não foi mostrado pelo juiz inglês Howard Webb.
No entanto, o primeiro lance de perigo foi a favor do Brasil, em chute da entrada da área de Marcelo que passou perto da trave direita de Bravo.
O Chile tocava a bola, e chegava a ficar com todos jogadores de linha no campo brasileiro, o que dava a chance para o contraataque a Neymar e companhia. Webb sofria para apitar um jogo entre sul-americanos. Aos 13min, Hulk foi tocado levemente na área, e caiu. Os brasileiros pediram pênalti, ignorado pelo inglês.
O time de Felipão era mais faltoso, mas o Chile foi o primeiro advertido com cartão amarelo, depois que o santista Mena colocou a mão na bola. Na sequência da jogada, escanteio a favor do Brasil, e a prova que tamanho, é sim, documento para zagueiro.
Com um zagueiro como Medel, de 1,71 m, o Chile foi vazado, claro, numa bola área. Neymar bateu o escanteio Thiago Silva desviou levemente para David Luiz, aos 18min, dividir com um rival e abrir o placar. Foi o primeiro gol de um zagueiro do Brasil na Copa.
Sinal para o Chile querer atacar mais, e dar ainda mais espaço para o Brasil. Neymar recebia livre, e começou a ser parado com faltas. Numa delas, o coordenador Carlos Alberto Parreira saiu da área permitida para reclamar com Webb e foi repreendido pelo quarto árbitro, o alemão Felix Brych.
A altura dos andinos é um problema na defesa, mas também tem vantagem no ataque pela agilidade, e foi assim que o time empatou o jogo, aos 32min. Marcelo bateu mal um lateral, Hulk devolveu na fogueira, Vidal se antecipou, recuperou a bola e tocou para Alexis Sanchéz, livre, marcar e fazer a festa chilena.
Pelo menos o empate não deixou o Brasil perdido. O time manteve a calma e passou a pressionar. Aos 39min, Fred tocou pelo alto em jogada iniciada por Neymar.
Mas a grande chance de mudar o placar antes do intervalo foi dos chilenos. Aos 46min, novo erro na saída de bola, desta vez de Luiz Gustavo. A bola acabou nos pés de Aránguiz, que só não marcou porque foi bloqueado antes de chutar. Na saída para os vestiários, muita discussão entre os jogadores.
O segundo tempo começou sem alterações, e o jogo continuou aberto. Aos 4min, Fernandinho, em chute de fora da área, quase desempatou. Webb sofria.
Aos 10min, o lance mais polêmico. Hulk foi lançado e bateu para marcar o que seria o segundo gol brasileiro. Mas Webb considerou que ele dominou a bola com a mão. Pelo lance, o camisa 7 foi advertido com o amarelo e ficou pendurado. 
Pior aconteceu com Luiz Gustavo, que fez falta violenta e também recebeu o amarelo. Foi seu segundo na Copa, que o tiraria do jogo das quartas de final.
O jogo ficou nervoso. Fred novamente era inoperante, e Felipão perdeu a paciência com ele aos 18min, colocando Jô em seu lugar. Logo no lance seguinte, o Chile, com Aránguiz, quase fez o segundo dos visitantes; Júlio César fez grande defesa.
Felipão tentava de tudo, e colocou Ramires no lugar de Fernandinho. Jô perdia chance livre, furando. A torcida pelo menos continuava a empurrar o time. A partida não tinha mais estratégia. Era desespero puro. Aos 38min, Hulk se livrou da marcação e chutou para outra grande defesa de Bravo, o goleiro chileno que agora vai defender o Barcelona.
Mas ninguém teve força para marcar até o fim do segundo tempo, e a partida ganhou mais drama, indo para a prorrogação após cinco minutos de descanso.
No tempo extra, o calor mineiro deixava os times ainda mais extenuados. Do lado brasileiro, Hulk era quem mostrava mais gana e também o que criava as melhores jogadas. Mas não o suficiente para fazer um gol na primeira metade da prorrogação.
Felipão ainda tinha uma substituição para queimar. E a fez no intervalo da prorrogação, sacando Oscar, em atuação muito fraca, para a entrada de Willian, destaque em boa parte dos treinos em Teresópolis, mas com poucas chances de jogar nesta Copa.
Sem mais força para atacar, os chilenos faziam de tudo para fazer o tempo passar, como ficando longos segundos no chão reclamando de dores. Mas ainda tiveram a grande chance de evitar os pênaltis, aos 15min do segundo tempo da prorrogação, quando Pinilla entrou livre e chutou forte para acertar o travessão.
Enquanto Felipão definia os cobradores, Júlio César chorava, assim como fez David Luiz na comemoração de seu gol. E o arqueiro brilhou nos pênaltis.
Classificada, a seleção tem folga até o começo da tarde de segunda-feira, quando volta a treinar em Teresópolis, na região serrana do Rio. Dois dias depois, vai para Fortaleza, onde enfrenta uruguaios ou colombianos na sexta-feira, dia 4 de julho.
FICHA TÉCNICA:
BRASIL 1 (3) X 1 (2) CHILE
Local: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Data: sábado, 28 de junho de 2014
Horário: 13h (de Brasília)
Público: 57.714
Árbitro: Howard Webb (ING)
Assistentes: Michael Mullarkey e Darren Cann (ambos ING)
Gols: David Luiz, aos 18min, Alexis Sánchez, aos 32min do primeiro tempo
Cartões amarelos: Hulk, Luiz Gustavo, Jô, Daniel Alves (BRA); Mena, Silva, Pinilla (CHI)
BRASIL: Júlio César; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Fernandinho (Ramires) e Oscar (Willian); Hulk, Fred (Jô) e Neymar
Técnico: Luiz Felipe Scolari.
CHILE: Bravo; Jara, Isla, Medel (Rojas) e Mena; Silva, Díaz, Aránguiz e Vidal (Pinilla); Vargas (Gutiérrez) e Alexis Sánchez
Técnico: Jorge Sampaoli.

Bélgica vence Coreia do Sul e tem aproveitamento de 100% na 1ª fase

Nem chegou a ser um grande jogo, mas a Coreia do Sul demonstrou esforço. Não o suficiente para passar pelo time da Bélgica, que tinha muitos reservas. O zagueiro Vertonghen, jogando de lateral-esquerdo, fez o gol que garantiu mais uma vitória da Bélgica. Os europeus garantiram o primeiro lugar no grupo H e agora enfrentam os Estados Unidos. Os asiáticos voltam para casa com apenas um ponto conquistado.
POUCA AÇÃO
Apesar de poupar muitos titulares, a Bélgica mostrou qualidade no início do jogo, principalmente com Mertens, que já havia se destacado contra a Rússia. A Coreia também avançava com perigo pelo lado direito, e chegou a pedir pênalti em um lance ainda antes dos dez minutos, mas não foi atendida. Mas aos poucos a Bélgica foi se impondo. Aos 25 minutos, a bola sobrou para Mertens, dentro da área, mas o atacante chutou para fora de maneira incrível.
Em raro contra-ataque, Ki Sung-Yueng, aos 30 minutos, obrigou Courtois a fazer grande defesa. Na parte final da primeira etapa, o nível técnico do jogo caiu ainda mais, e houve destaque apenas para Mertens, que parecia travar duelo com o goleiro Seung-Gyu, e para a a agressividade das equipes. Por deixar o pé na canela do adversário, Defour foi expulso pouco antes do fim da primeira etapa.
GOL DE ZAGUEIRO
A segunda etapa começou com a Coreia, com um jogador a mais, tentando se impor. Lee Keun-Ho e Ki Sung-Yueng, em chutes de longe, até assustavam a torcida belga, mas não o goleiro Courtois. Mas nos contra-ataques, Mertens continuava travando duelo com o goleiro sul-coreano.
E quando parecia que Koo Ja-Cheol e Ki Sung-Yueng conseguiriam fazer a bola passar pelo goleiro Courtois, Origi chutou, o goleiro deu rebote e Vertonghen, aos 32 minutos, em sua segunda boa aparição no ataque, aproveitou o rebote. A partir daí, praticamente entregue, a Coreia do Sul se limitou a correr, sem conseguir ser efetiva.
FICHA TÉCNICA
COREIA DO SUL 0 X 1 BÉLGICA
Local: Arena Corinthians, em São Paulo (SP)
Data/Hora: 26/6, às 13h
Público: 61.397 presentes
Árbitro: Benjamin Williams (AUS)
Auxiliares: Matthew Cream (AUS) e Hakan Anaz (AUS)
Cartões amarelos: Hong Jeung-Ho (Coreia do Sul) e Dembelé (Bélgica)
Cartões vermelhos: Defour (Bélgica)
GOLS: Vertonghen 32'/2ºT (0-1)
Coreia do Sul: Kim Seung-Gyu, Lee Yong, Hong Jeong-Ho, Kim Young-Gwon e Yun Suk-Young; Han Kook-Young (Lee Keun Ho, intervalo), Lee Chung-Yong, Ki Sung-Yueng e Koo Ja-Cheol; Son Heung-Min (Ji Dong-Won, 28'/2ºT)e Kim Shin-Wook (Kim Bo Kyung, 21'/2ºT) - Técnico: Paulo Bento
Bélgica: Courtois, Vanden Borre, Lombaerts, Van Buyten e Vertonghen; Defour e Dembelé, Mertens (Origi, 15'/2ºT), Fellaini e Januzaj (Chadli, 15'/2ºT); Mirallas (Hazard, 42'/2ºT) - Técnico: Marc Wilmots.

Argélia empata, se classifica e enfrenta a Alemanha no Beira-Rio

Argélia empata, se classifica e enfrenta a Alemanha no Beira-Rio PEDRO UGARTE/AFP
Os argelinos se classificaram com o empate em 1 a 1 contra a Rússia. O gol marcado por Slimani, aos 15 minutos do segundo tempo, garantiu a seleção africana na segunda colocação do grupo H, com 4 pontos.
Agora, a seleção da Argélia enfrenta a Alemanha nas oitavas de final, que será realizada no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, na próxima segunda-feira, dia 30. Os argelinos já passaram pela capital gaúcha, onde venceram a Coreia do Sul por 4 a 2.

Primeiro tempo
A seleção da Rússia parecia outra em comparação ao time sonolento que empatou com a Coreia do Sul, na primeira rodada, e perdeu para a Bélgica, no segundo jogo. Desta vez, os russos estavam ligados, partindo para o ataque. Assim, logo aos 6 minutos Kombarov recebeu na esquerda e fez um belo cruzamento para a área argelina, Kokorin subiu sozinho e, de cabeça, colocou a bola para dentro do gol: 1 x 0 Rússia.
A Argélia até conseguia trocar passes e assustar o time russo, mas faltava aos africanos uma qualidade ofensiva maior. Os jogadores tinham dificuldade para se desvencilhar da marcação dos zagueiros da Rússia, e finalizaram poucas vezes contra a meta defendida por Akinfeev.
Aos 30 minutos, Slimani disputa uma bola com Kozlov dentro da área, caiu no gramado e pediu o pênalti, que o árbitro não deu. Na repetição da imagem é possível observar que o russo puxa a camiseta do argelino. Pênalti não marcado.
O primeiro tempo se caracterizou por muitos erros de passe de ambas as equipes. Do lado da Argélia, a dependência do meia Feghouli, jogador do Valência, era evidente. Praticamente todas as jogadas de ataque passavam pelos pés do camisa 10 do time africano. Na equipe russa, por outro lado, o equilibrio entre os jogadores era maior. Capello conseguiu dar uma cara à equipe, que se defendia bem e abusava dos lançamentos para o trio de ataque — Shatov, Kokorin e Kerzhakov.
Segundo tempo
A segunda etapa começava da mesma forma que terminou o primeiro tempo, os russos com as melhores chances, mas a bola ficando mais nos pés dos argelinos. Até que, aos 15 minutos, Brahimi cobrou uma falta para dentro da área, Akinfeev saiu mal do gol e não achou nada. Quem aproveitou o erro do goleiro foi Slimani, atacante africano que subiu mais que todo mundo e cabeceou para empatar o jogo: 1 x 1. Detalhe: no momento da cobrança da falta um torcedor apontava um laser para o rosto de Akinfeev, que pode ter sido atrapalhado. O árbitro não fez nada a respeito.
Depois do gol, a seleção da Argélia procurou se defender, já que o resultado garantia a classificação dos africanos às oitavas de final. Aos 25 minutos, Vahid Halilhodzic, colocou Yebda no lugar de Brahimi para tentar assegurar o empate. A Rússia até tentava tocar a bola em busca de espaços, mas só conseguia invadir a área com cruzamentos ou lançamentos longos.
No final, os argelinos trocavam passes e mantinham a posse de bola. Os russos aceleravam o jogo, mas encontravam muita dificuldade diante da retranca africana. O resultado de 1 x 1 acabou sendo justo, ninguém foi superior o suficiente para merecer a vitória.
Copa do Mundo - Argélia x Rússia - Grupo H - Arena da Baixada
ARGÉLIA — 1
M'bolhi; Mandi, Medjani, Belkalem, Halliche e Mesbah; Brahimi (Yebda), Djabou (Ghilas), Bentaleb e Feghouli; Slimani (Soudani)
Técnico: Vahid Halilhodzic
RÚSSIA — 1
Akinfeev; Kozlov, Berezutsky, Ignashevich e Kombarov; Fayzulin, Glushakov (Denisov) e Samedov; Shatov (Dzagoev), Kokorin e Kerzhakov.
Técnico: Fabio Capello.
Gols: Kokorin (R), aos 6 minutos da primeira etapa, Slimani (A), aos 14 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Mesbah (Argélia/39' 1ºT), Kombarov (Rússia/11' 2ºT), Kozlov (Rússia/13' 2ºT), Ghilas (41' 2ºT).
Local: Arena da Baixada, Curitiba/PR.
Arbitragem: Cuneyt Çakir (TUR), auxiliado por Bahattin Duran (TUR) e Tank Ongun (TUR).

Muller faz mais um e Alemanha vence EUA, mas ambos vão para as oitavas da Copa

Muller 'voa' para comemorar seu quarto gol na Copa do Mundo
Não foi o "jogo de compadres" que muitos esperavam. Em uma partida quente, com diversos carrinhos, discussões e empurrões, a Alemanha venceu os Estados Unidos por 1 a 0 nesta quinta-feira, na Arena Pernambuco, pela última rodada do grupo G da Copa do Mundo. Com o resultado, os europeus avançam na 1ª colocação da chave, com 7 pontos, enquanto os americanos passam em 2º, graças à vitória de Portugal sobre Gana.
O autor do único do gol da partida foi Thomas Muller, no início do segundo tempo. Foi o 4º gol do atacante no Mundial do Brasil, o que o coloca entre os artilheiros do torneio, ao lado de Neymar e Lionel Messi. O jovem atacante do Bayern de Munique também segue com outra marca impressionante: 9 gols em nove jogos de Copa. Tudo com apenas 24 anos.
No primeiro tempo, os alemães começaram com sua tradicional blitz, trocando passes rápidos e cruzando bolas na área a todo momento. A pressão absurda durou 10 minutos, e a impressão é de que a meta americana seria vazada a qualquer momemento. Graças ao goleiro Howard e ao zagueiro Gonzalez, porém, os americanos resistiram.
Depois disso, o US Team passou a marcar mais forte e chegou até mesmo a controlar o jogo nos 20 minutos finais, principalmente graças à atuação de Bradley, um leão no meio-campo. Sem tanta inspiração nas finalizações para os dois lados, no entanto, a primeira etapa ficou mesmo no 0 a 0.
Na segunda etapa, a Alemanha voltou novamente voando, e dessa vez alto demais para os EUA aguentarem. Logo aos 10 minutos, Mertesacker cabeceou na área, Howard defendeu bem, mas deu rebote para Muller, que bateu colocado para estufar a rede.
Mesmo desanimados pelo gol, os americanos não se renderam, e tentaram continuar infiltrando na área adversária. O goleiro Neuer, porém, era apenas um espectador de luxo na partida, já que nem teve que sujar o uniforme para fazer nenhuma defesa mais arrojada.
Joachim Low respondeu colocando o veloz Gotze no lugar de Schweinsteiger, buscando os contra-ataques, mas seu ataque também estava sem grande inspiração, mesmo com Klose demonstrando muita vontade de buscar mais um gol, que lhe tornaria o maior artilheiro da história das Copas. Com isso, o placar seguiu inalterado até o apito final.
Ao final da partida, os alemães celebraram seu segundo triunfo na competição, que lhes coloca mais uma vez como favoritos na busca pelo tetra mundial. Mesmo derrotado, até mesmo os americanos comemoraram, já que esta é a primeira vez na história que a seleção de futebol do país vai às oitavas em duas Copas seguidas.
Nas oitavas de final, a Alemanha enfrenta a surpreendente Argélia, enquanto os EUA encaram a líder da chave, a Bélgica.
FICHA TÉCNICA:
ESTADOS UNIDOS 0 x 1 ALEMANHA
Copa do Mundo 2014 - Grupo G - 3º rodada
Local: Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata-PE
Data: 26 de junho de 2014, quinta-feira
Horário: 13h (horário de Brasília)
Público: 41.876 torcedores
Árbitro: Ravshan Irmatov (UZB)
Assistentes: Abdukhamidullo Rasulov (UZB) e Bakhadyr Kochkarov (QUI)
Cartões amarelos: Gonzalez e Beckerman (EUA); Howedes (ALE)
GOL
ALEMANHA: Muller, aos 10 minutos do segundo tempo
ESTADOS UNIDOS: Howard; Johnson, Gonzalez, Besler e Beasley; Beckerman, Jones, Zusi (Yedlin), Bradley e Davis (Bedoya); Dempsey Técnico: Jürgen Klinsmann
ALEMANHA: Neuer, Boateng, Mertesacker, Hummels e Höwedes; Lahm, Schweinsteiger (Gotze), Kroos, Ozil (Schurrle) e Podolski (Klose); Müller Técnico: Joachim Low

Só CR7 não basta: craque marca, Portugal vence Gana e é eliminado

Cristiano Ronaldo Portugal x Gana (Foto: Reuters)
Ter o melhor jogador do mundo apenas não basta - ainda mais longe de sua melhor forma. É preciso qualidade e um elenco competitivo para ir longe na Copa do Mundo. Tudo o que faltou a Portugal em 2014. Em mais uma atuação recheada de erros individuais, a seleção de Cristiano Ronaldo apenas confirmou o que já estava desenhado após as duas primeiras rodadas. Até venceu Gana por 2 a 1 na tarde desta quinta-feira, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, o que impediu a pior campanha da história em Mundiais - a de 1986, no México, ainda é a mais fraca -, mas foi eliminada na fase de grupos. A seleção africana também deu adeus à competição com o resultado.
Semifinalista da última Eurocopa, Portugal viu o adeus melancólico em Copas de uma geração importante de jogadores. Sofreu com seguidas lesões musculares e com a má fase técnica de alguns atletas. Perdeu na dificuldade de Éder em dominar as bolas, nos espaços deixados por João Pereira, na falta de inspiração de João Moutinho, na pouca objetividade de Nani. Mas principalmente na expulsão de Pepe contra a Alemanha. O saldo de gols acabou sendo decisivo para o desempate com os Estados Unidos.
Cristiano Ronaldo até tentou, mas sentiu a temporada desgastante pelo Real Madrid e falhou na hora decisiva. Discreto nos dois primeiros jogos, foi eleito o homem do jogo contra Gana. Poderia ter ido além. Fez, sim, o gol da vitória única de Portugal na Copa, mas perdeu outras três ótimas chances para marcar. Exatamente os três gols que faltaram para a classificação. De quebra, repetiu a história de Luis Figo, eleito o melhor do mundo em 2001 e também eliminado na fase de grupos no Mundial do ano seguinte.
Para os ganeses, nem mesmo o incentivo financeiro com o pagamento atrasado da premiação pela classificação à competição adiantou. O Grupo G terminou com Alemanha e Estados Unidos avançando para as oitavas de final.
Erros, erros e mais erros

Ter a posse de bola nem sempre significa estar mais perto do gol. É preciso tratá-la com carinho, acertar os passes para que o domínio resulte em chances claras. Algo que Portugal passou longe de conseguir nesta Copa do Mundo. O primeiro tempo contra Gana foi apenas uma repetição do futebol apresentado contra Alemanha e Estados Unidos: erros infantis de passe, pouca movimentação e espaços na defesa. A seleção africana também não fugia à regra. Sem dois de seus principais jogadores, já que Muntari e Boateng foram suspensos por indisciplina pela própria federação de futebol do país, foi dominada e assustou apenas em duas finalizações de Gyan. O tempo corria, Alemanha e Estados Unidos empatavam.

A "Ola" organizada pela torcida antes dos 15 minutos já dava a tônica do jogo morno. Com novos problemas médicos, o técnico Paulo Bento mudou a escalação. Veloso foi improvisado na esquerda, William Carvalho entrou no meio e o volante Ruben Amorim ganhou a vaga do meia Raul Meireles. Teoricamente, tornou ainda mais defensivo um time que precisa de gols para avançar. A insistência em lançamentos longos na direção de Cristiano Ronaldo não dava certo. O tempo corria contra as duas seleções. Em um dia no qual até o melhor jogador do mundo perde um gol de cabeça na pequena área, a eliminação na fase de grupos parecia questão de tempo.
Nem mesmo a motivação financeira animava Gana a buscar a classificação, algo bem menos complicado do que o sonho português. Substitutos de Muntari e Boateng, o meia Badu e o atacante Waris pouco apareciam. Diante de tantos erros, só mesmo um gol contra para tirar o zero do placar. Veloso cruzou da esquerda e o zagueiro Boye cortou errado. A bola ainda bateu no travessão e na trave antes de entrar. Curiosamente, o autor do gol contra foi justamente um dos que saiu com o maço de notas do incentivo na mão. O último lance da etapa retratou a sofrível participação de Portugal no Mundial: João Pereira demorou tanto para bater o lateral que o juiz encerrou o jogo quando o time esperava pela bola na área.

A história do jogo quase mudou em um minuto. O tempo corria, mas parou por um instante. Em Recife, Müller colocou a Alemanha em vantagem e deu um pouco de esperança ao Mané Garrincha. Segundos depois, Gana chegou ao empate em Brasília. Cruzamento de trivela de Asamoah, gol de cabeça de Gyan. A alegria mudou de lado, assim como o apoio da torcida: mais um gol daria a vaga aos africanos. Waris teve a chance, mas cabeceou para fora.
Cristiano olhava para o céu inconsolável. O tempo corria e ele parecia não acreditar que estava perto de repetir a história de Figo. Jogando quase sozinho diante de tanta limitação técnica de Portugal, o capitão quase não tinha mais forças para lutar. Só não saiu zerado da Copa graças ao goleiro Dauda, que falhou e entregou a bola em seus pés no segundo gol português. Não sorriu, sequer comemorou. E, em um reflexo do grupo que o cerca, ainda falhou quando mais se precisava dele: desperdiçou mais duas boas chances antes do apito final.
O tempo não foi suficiente para Gana, que chegou a ficar a apenas um gol da classificação. O mesmo tempo correu para Portugal. Dois anos mais velha, a geração semifinalista da Eurocopa de 2012 deixa o Brasil ainda na fase de grupos. No banco de reservas, o goleiro Beto chorava suas dores: a de uma lesão nas costas - que o levou a ser substituído nos minutos finais - e a da eliminação. Nunca é demais lembrar: só Cristiano Ronaldo não basta.

Messi brilha novamente e Argentina vence jogo emocionante contra Nigéria no Beira-Rio: 3 a 2

AFP PHOTO / JEWEL SAMAD
Com mais uma grande atuação de Lionel Messi, agora artilheiro da Copa ao lado de Neymar, a Argentina obteve nesta quarta-feira sua terceira vitória na Copa do Mundo. Com dois gols do craque, a seleção de Alejandro Sabella bateu a Nigéria por 3 a 2, no Beira-Rio, em uma partida emocionante e muito movimentada. Rojo fez o outro gol argentino e Musa fez os dois tentos da Nigéria, que carimbou sua classificação às oitavas, com a derrota do Irã para a Bósnia.

O jogo começou eletrizante, com um gol para cada lado antes dos 5 minutos. A Argentina dominou a etapa inicial, criou várias oportunidades e conseguiu ficar à frente do placar antes do intervalo, num golaço de falta de Messi. A etapa final, a exemplo da inicial, teve dois gols no início, um para cada lado. A Nigéria tentou partir para cima buscando um novo empate, mas não conseguiu e ainda sofreu com os perigosos contragolpes argentinos.

Líder do Grupo F, com 9 pontos, a Argentina jogará pelas oitavas de final na próxima terça, na Arena Corinthians, contra o vice-líder do Grupo E, que será definido no final da tarde desta quinta – Suíça ou Equador são os adversários mais prováveis. A Nigéria, vice-líder da chave, com 4 pontos, enfrentará provavelmente a França, segunda-feira, no Mané Garrincha, em Brasília. 

O jogo – A partida começou movimentadíssima no Beira-Rio. Logo aos dois minutos, Di María recebeu lançamento de Zabaleta, invadiu a área e chutou na trave. No rebote, Messi fuzilou Enyeama e fez 1 a 0 para delírio dos milhares argentinos que invadiram Porto Alegre. Porém, na saída de bola, Musa recebeu pela esquerda, cortou a marcação e chutou colocado, com enorme categoria, fora do alcance de Romero: 1 a 1, em apenas quatro minutos de bola rolando.

A Argentina seguiu com a iniciativa e não se abateu com o empate. Aos 8, Di María soltou a bomba da intermediária e Enyeama defendeu com dificuldade. Na jogada seguinte, Messi deixou Higuaín na cara do gol, mas o centroavante chutou na rede pelo lado de fora. Aos 14, Messi fez boa tabela com Higuaín e tocou para Agüero, que chutou para defesa do goleiro Enyeama.

Dominadora, a Argentina quase fez o segundo aos 25, em um chute cruzado de Di María que Messi por pouco não alcançou de carrinho. A Nigéria respondeu com dois bons ataques. No primeiro, Emenike invadiu a área em velocidade, mas Garay protegeu e evitou a conclusão. Aos 26, Odemwingie bateu de fora da área, perto do travessão.

O ritmo argentino diminuiu um pouco, mas o domínio seguia. Aos 29, Di María, com o pé calibrado, chutou de longe, rasteiro, no cantinho, mas o goleiro nigeriano fez ótima defesa. Três minutos depois, Agüero apanhou rebote da zaga e chutou em cima da defesa. Aos 43, Messi bateu falta no ângulo, mas Enyeama fez grande defesa. Dois minutos mais tarde, não houve jeito para o arqueiro da Nigéria: o craque do Barcelona cobrou com perfeição e pôs a Argentina na frente antes do intervalo. 

O segundo tempo começou como o primeiro: com um gol para cada lado. Logo a um minuto, Musa aproveitou bobeira da zaga argentina, entrou livre e empatou, marcando seu segundo tento no jogo. Aos quatro, a resposta: Lavezzi bateu escanteio, Rojo desviou com o pé esquerdo e fez 3 a 2. Empolgada, a Argentina quase fez o quarto aos seis: primeiro, Lavezzi invadiu a área e chutou cruzado, com a bola passando por todo mundo. Na sobra, Di María bateu colocado e Enyeama fez bela ponte para evitar o gol. 

Em grande tarde no Beira-Rio, Messi fez jogada individual espetacular e deixou Higuaín livre, mas o goleiro Enyeama abafou a conclusão. Aos 14, Rojo fez grande jogada pela esquerda e cruzou para o carrinho de Messi para fora. O craque argentino deixou o campo aos 17 da etapa final, ovacionado pelos torcedores no Beira-Rio.

Após a saída de Messi, a Argentina diminuiu o ritmo, deixando a Nigéria crescer no jogo. Aos 29, Musa recebeu cruzamento e pegou de primeira, quase empatando de novo. Aos 32, em cobrança ensaiada de falta, Di María deixou Lavezzi na cara do gol, mas Enyeama fez grande defesa. Na jogada seguinte, Musa recebeu livre na área e chutou em cima de Zabaleta, que teve grande recuperação no lance. Aos 34, Garay cabeceou livre na área nigeriana, Enyeama deu golpe de vista e a bola saiu raspando a trave.

Com a eliminação iraniana praticamente confirmada, a Nigéria seguiu confiante para se expor e buscar um empate. Aos 39, Emenike chutou cruzado de fora da área e quase marcou o terceiro. No contra-ataque, Di María entrou livre e bateu para espalmada de Enyeama. Aos 41, Ambrose entrou a dribles na área e só não marcou porque a bola desviou em Garay e saiu.

NIGÉRIA 2 x 3 ARGENTINA

NIGÉRIA: Enyeama; Ambrose, Omeruo, Yobo e Oshaniwa; Onazi, Obi Mikel, Babatunde (Uchebo), Musa e Odemwingie (Nwofor); Emenike 
Técnico: Stephen Keshi

ARGENTINA: 
Romero; Zabaleta, Garay, Fernández e Rojo Mascherano, Gago e Di María; Messi (Alvarez), Higuaín e Agüero (Lavezzi)
Técnico: Alejandro Sabella

Local: Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS) 
Data: 25 de junho de 2014, terça-feira 
Horário: 13 horas (de Brasília) 
Árbitro: Nicola Rizzoli, da Itália 
Assistentes: Renato Faverani e Andrea Stefani, ambos da Itália

Gols: NIGÉRIA: Musa, aos 4 minutos do primeiro tempo e a 1 minuto do segundo tempo
ARGENTINA: Messi, aos 2 e aos 45 minutos do primeiro tempo; Rojo, aos 4 minutos do segundo tempo

Público: 43.285
Cartão amarelo: Omeruo e Oshaniwa (Nigéria).